Um Lugar Qualquer

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domingo, 14 de junho de 2009

prazo de validade

um mês, apenas um mês para acabar com essa palhaçada.

você está com os dias contados em minha vida, e como dói saber que a esperança de ser pra sempre sua tem prazo de validade, e que ele está prestes a expirar.
gosto de ser sua, não posso negar. o sempre odiado pronome possessivo, quando dito por você é recebido com euforia, suspiros e sorrisos. quando VOCÊ me chama de meu bem, minha querida, de mulher da minha vida... quando VOCÊ me chama de sua, os pêlos da minha nuca ouriçam, minhas costas arqueam, sa borboletas sobem por meu abdome.
é o que você faz comigo, maldito.
é bom.
é ruim.
é delicioso.
é terrível!
nada disso mais importa.
importa é que em míseros 30 dias essa alegria de ser parte de 'nós' vai acabar. eu sei que vai. por mais que eu deseje o contrário, por mais que anseie pelo sucesso da nossa bandida vida a dois, eu sei que você vai me decepcionar. eu sei que em menos de 30 dias eu estarei aqui, com o coração despedaçado, com a dor em mãos, a alma latejando, pedindo misericórdia.
mas você é ruim, você me fará esperar... querer... acreditar, por mais um mês, que vai dar certo. e depois cravará a adaga do desafeto no meu peito.
pois faça. faça.
pois se tem que doer que doa. não vou aprender de outra maneira. enquanto você me disser essas palavras doces e me prometer um futuro doce, enquanto você ainda falar de nós... eu vou crer em todas as suas palavras.
então negue. negue tudo. ou...
não. não negue.
me destrua, mas não destrua as lembranças.
deixa que eu cuido da minha reconstrução, mas não ouse ferir as lembranças. as lembranças de nós são sagradas. não toque nas recordações. eu gosto delas.

só mais um mês pro fim do sonho, e ninguém me ensinou como é que se encara a realidade. estou prestes a ser cruelmente lançada no mundo dos desgraçados, sem sonhos, e ninguém teve a dignidade de me mostrar como é que se delisga o botão da imaginação, ninguém me disse como é que eu paro de pensar em você.

e nós somos tão perfeitos juntos, tão bons, tão certos.
por é que é que tem que acabar mesmo? por é que você vai me deixar? não consigo me recordar dos motivos. aliás, há motivos?

eu quero pra sempre. dane-se o prazo. fica comigo? até quando perder a graça... fica comigo?

não fica, né? você não fica. por quê não?

o seu lado da cama ainda está vazio, seu prato de comida começa a esfriar, e eu estou prestes a me acabar em choro desesperançoso... por que você diz que sim, mas faz que não.

um mês? uuuuuuuuuum mês?
você não presta.

te amo.

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