Um Lugar Qualquer

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onde tudo é possível

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Sweet Stranger

Andando um dia desses ela avistou um cara, mas não era um cara qualquer. Aliás, era um cara qualquer, um desconhecido na multidão de pessoas, no mar de rostos inexpressivos e pernas débilmente velozes; mas se alguma maneira, ele não era como todos os outros.

Sua postura perfeita, seu olhar sóbrio e determinado, o lábio relaxado e todo selado, o cabelo estiloso, as roupas originais... tudo conspirava, tudo indicava que ele não era, só mais um cara perdido na grande cidade cinza.

Ela, toda sem-graça, aquele aparelho rídiculo, o cabelo esquisito, os olhares como flechas, os lábios retraídos, a mente em constante expansão. Pensou em todo o tipo de abordagem conhecida, mas tudo lhe parecia ridículo. Resolveu tentar o exótico, relaxar e falar oque viesse a mente. Perigoso? Talvez... mas, ela ia arriscar!

- Cara, você deve ser proibido! Nada que seja tão bom é permitido por lei.

Ele olha, com cara de surpresa, acha estranho, não entende bem...

- Desculpa, não entendi! (ao estilo: tá falando comigo?)

- Ok, eu explico! Coisas muuito boas, não são permitidas, então você deve ser proibido por lei, e ninguém te contou ainda!

Ele deu risada. Ponto para ela! Conseguiu faze-lo rir, já é um excelente começo.
Ela fica com medo, não sabe como dar o segundo passo, como continuar a conversa! Ela não está acostumada a abordar estranhos!!!

Eles começam a conversar, e ele todo simpático e solícito mostra que ela não precisa ficar tensa... devagar ela relaxar e vê com facilidade que além de bonito, o tal moço é também simpático, educado e divertido. Bom demais para ser verdade!

Ela sai a procura de defeitos dele, mostra seus pontos fracos, a fim de fragilizar a recém-nascida relação. Mas todas as tentativas vão por água abaixo. Ele a faz sentir tão bem, e demonstra que também está apreciando a conversa, além dos risos e pontos em comum, ele tem o nome certo, aquele nome que a moça tanto gosta, nome de arcanjo!

No meio de tanta cordialidade e diversão ele some, de repende, sem deixar traços... simplesmente desaparece num piscar de olhos. Ela procura, chama seu nome, desespera-se tentando encontrá-lo no meio da multidão... mas todo o esforço é em vão.

Como um sonho de criança que se esvai ao acordar, o doce estranho havia sumido.
Será que foi só um sonho que acabou?

Ela vai dormir, quem sabe o sonho continua...

Um comentário:

Anônimo disse...
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