Mmudança, pode ser o fim de um ciclo ao qual já estávamos habituados, e, ao mesmo tempo, o início de um novo, que não conhecemos bem.
Mas, mudar é não é necessariamente descartar o velho, e instalar um novo. Mudar pode ser, também, alterar a forma atual, para uma outra nova, que ainda mantém caracteres de sua matriz.
Mudanças podem ser renovações, ou rupturas com o padrão vigente... que não necessariamente avançam, mas algumas vezes, aliás, muitas vezes, retrocedem uma ordem anterior de maneira saudosista.
Mudar tem a intenção de melhorar, de tornar o atual melhor... mas nem sempre é o que ocorre, várias vezes mudamos para pior, e como dói notar que mais uma vez erramos.
Mudamos pelo tédio, pelo cansaço... a mesmisse, a rotina, os hábitos. Os ciclos que criamos para facilitar nossas vidas nos trazem ao mesmo tempo o jubilo da praticidade, e a ânsia da circularidade.
A agonia sentida quando tem-se a sensação de estar estagnado faz o ser humano buscar algo diferente. Moderno? Pode ser. Retrógado? Pode ser. Diferente? Pode até não ser, mas tem que passar a sensação de mudança...
O carro pode ser velho, mas se mudarmos a pintura, e tiver cheirinho de novo... faz as vezes de um carro-zero!
Sinto constantemente uma vontade visceral de mudar.
Compreendo melhor do que ninguém o tal clichê que afirma, o tédio é o mal do século... demodé? Talvez talvez...
Tenho crises... numa dessas, cortei 20cm de cabelo, noutra, fiz luzes, numa terceira decidi operar o meu protuberante rs. queixo.
Mudanças são necessárias para a manutenção da vida.
Eu sou um ponto fora da reta...
Uma seta que indica contra-mão...
Eu subo por baixo, eu corro sem me mover, meu coração acelera com o ócio... e quase pára ao correr.
Eu sou um jogo, uma jogadora, sou uma coringa num jogo de can-can... uma gota de sangue num balde d'agua...
Eu sou oque se espera, e o que não se sabe o que esperar.
Num dia camaleoa, no outro girassol...
Eu sou uma confusão... como dizia meu prof de matemática, um furação de sensações.
No meu mundo, neva e faz calor... num só dia.
Eu mudo sempre, eu mudo muito, eu quase não mudo...
Eu sou constante, eu sou Augusto... constante nas inconstâncias, e nessa suma comportamental... eu sou Lu, mas talvez amanhã acorde anti-lu... talvez me sinta pseudo-lu.
Talvez, como tantas vezes, eu acorde e não sinta.
Eu preciso mudar, eu preciso parar de mudar... eu preciso ser quem eu quero ser, ou, quem eu preciso ser... ou simplesmente quem eu sou??? Eu oscilo entre esses três comportamentos adversos.
Dei um nó em mim mesma.
Perdão.
Boa noite.
Um Lugar Qualquer
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário